2005
Apresentado pela Prefeitura do Setor de Diversões Sul/Conic, em parceria com a Fundação Cultural Palmares e apoio da ONG Marka, o festival recebeu mais de dez mil pessoas nos seus três dias de evento (24, 25 e 26 de novembro de 2005). A realização devolveu ao Conic sua função inicial de ser um centro de diversão, cultura e lazer, projetado há 40 anos (hoje 54) pelo arquiteto Lúcio Costa.
Pessoas de diferentes classes sociais, idades e etnias entraram em contato com a vasta cultura brasileira, tão influenciada pela cultura africana, por meio de apresentações artísticas e folclóricas que reuniram 160 artistas, além da degustação de pratos típicos como o Maria Isabel, a feijoada e o frango com limão, feitos no workshop gratuito de culinária, “África Gourmet”.
Principais Atrações Musicais
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PH2 e Artigo 2 (rap);
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Renato Matos (reggae);
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Chico Science Cover (maracatu);
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Cai Dentro (choro);
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Batucada de Bamba (samba);
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Surdodum,
formado em sua maioria por deficientes auditivos;
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Calouro (Banda de MPB);
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Pegada Black (negra música brasileira).
Também se apresentaram os DJ's
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Chico Aquino e
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Barata;
Os dançarinos
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Selma Trindade e Júlio César;
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o Bumba Meu Boi do Seu Teodoro;
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Quilombolas Breakers (PR15).
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Equipe Capoeira Brasileira;
Responsabilidade Social
Um dos compromissos do Projeto Cara e Cultura Negra de 2005 foi contribuir para o processo de conscientização da responsabilidade social.
A primeira edição do Cara e Cultura Negra ainda teve programação especial voltada para alunos da rede pública de ensino do DF, que puderam assistir a vídeo e participar de debate sobre questões relacionadas aos desafios enfrentados pelos negros na sociedade. Estes estudantes tiveram ônibus gratuito e lanche, ao participarem do projeto.
Várias parcerias foram feitas com esse intuito:
Fome de Dignidade
Em parceria com o programa Mesa Brasil do Sesc/DF, o evento criou a campanha Fome de Dignidade para arrecadar alimentos que seriam distribuídos entre as 150 instituições atendidas atualmente pelo programa, alimentando 15 mil pessoas. O acesso do público ao evento seria mediante a doação de 1 kg de alimento não-perecível por dia. A área de doação foi na entrada e estava sinalizada para facilitar a visualização e o acesso dos visitantes.
Quero usar de novo
Em parceria com a cooperativa de coleta e reciclagem 100 Dimensão, localizada no Riacho Fundo 2, a I Semana de Cultura Afro-Brasileira viabilizou a coleta de lixo reciclável do evento. A Cooperativa processa e produz materiais diversos a partir de algumas dos resíduos mais nobres da cidade, como os do Supremo Tribunal Federal, da Presidência da República e das quadras das asas Norte e Sul. Foi criada há cinco anos e começou com um grupo de desempregados que se sustentavam por meio da coleta de resíduos. Os catadores selecionam madeira, vidro, ferro, papel, papelão e garrafas plásticas que utilizam para produzir relógios de mesa, esculturas de ferro, luminárias e caixas decorativas, entre outros objetos reciclados. A Cooperativa conta com 200 associados que dividem o trabalho entre a coleta seletiva do lixo, a seleção de resíduos, a reciclagem do material e organização e limpeza do local de trabalho.
Cabeça Trançada e África Gourmet
Com o apoio do Senac/DF a I Semana de Cultura Afro-Brasileira disponibilizou, durante os três dias, workshops de penteados afro e de culinária africana para quem busca se profissionalizar e se capacitar para o mercado de trabalho. As aulas foram gratuitas. Durante os três dias os alunos fizeram mais de 20 penteados. Cada penteado leva em média 40 minutos para ser feito e dura em torno de uma semana.
Workshops
No primeiro dia (24/11/2005) de workshop, África Gourmet, os alunos aprenderam a preparar Maria Isabel, característico do sul da África, e uma das principais iguarias maranhense.
Na quinta-feira (25/11/2005), Madame Khadidiaton Mbengue, primeira secretária da Embaixada do Senegal, orientou os alunos no preparo do prato senegalês Yassa, frango marinado em molho de cebola e limão servido com arroz branco. Para encerramento do workshop foi preparada a tradicional feijoada, no último dia do evento (26/11/2005).
Foram vendidas 600 refeições durante a Semana ao preço de R$ 7. O dinheiro arrecadado será doado em partes iguais para a revitalização do CONIC e para a Organização Não Governamental (OnG) Grupo Atitude, da Ceilândia, que trabalha com projetos sociais voltados para o desenvolvimento da educação e da cidadania com os jovens da comunidade.
Apoiadores
Apoiadores
A I Semana de Cultura Afro-Brasileira – Cara e Cultura Negra contou com apoio:
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Gabinete da Deputada Maninha,
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Fundo de Arte e Cultura (FAC),
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Secretaria do Trabalho,
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Secretaria de Turismo,
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Senac/DF,
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Mesa Brasil Sesc/DF,
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Administração de Brasília,
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Federação das AABB (Fenabb),
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Scoulting Agência de Modelos,
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Merkato Assessoria e Marketing,
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29 Santamídia,
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Sinart Comunicação Visual,
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Sindicato dos Bombeiros Civis do Distrito Federal,
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Sindicato dos Vigilantes,
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Sindicato dos Previdenciários,
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Sind-Água,
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Caesb,
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Sindicato dos Empregados das Imobiliárias e dos Condomínios (Feicom),
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Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci),
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Grupo Atitude,
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Cooperativa 100 Dimensão,
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Faculdade Dulcina de Moraes, entre outros.
2007
Em sua terceira edição, o evento Cara e Cultura Negra 2007, realizado no período de 17 a 23 de dezembro atingiu um de seus principais objetivos ao realizar a mostra temática e apresentar ao público algumas das principais marcas culturais afro-brasileiras e toda a sua importância na construção da nação Brasil, bem como ter promovido um importante momento para reflexões acerca da realidade vivida por milhões de afrodescendentes, sobre políticas públicas de promoção e igualdade racial.
Ações
Mostra Educacional Dividida em 16 ESPAÇOS - salas temáticas - com aproximadamente 140 painéis ilustrativos (100x200cm) que apresentaram desde a história do continente Africano, dos seus 53 países, até os dias atuais, passando pelos momentos mais importantes da nossa história, dos personagens que a construíram, até os dias atuais, pelas políticas públicas (Ver CD).
Mostra Educacional
Desenvolveu os seguintes temas:
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AFRICA VENTRE FÉRTIL DO MUNDO
A história do continente africano, sua cultura, sua música e apresentação dos 54 países.
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Povos africanos que formaram a cultura do Brasil
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Contribuição da raça negra para a formação da nação Brasil.
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Contribuição na Dança;
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Contribuição nas Artes;
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C o n t r i b u i ç ã o n a L í n g u a Portuguesa;
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Contribuição na Moda;
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Contribuição na Culinária;
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Contribuição nos Esportes;
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Contribuição para o conhecimento científico e tecnológico universal;
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Negros de Expressão;
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Religião;
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Mercado de Trabalho;
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Políticas Publicas;
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Conhecimentos Gerais;
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Mulheres Negras do Brasil;
Visitas Guiadas
4 visitas guiadas para grupos de escolares sob a coordenação do Conselho do Negro.
Lançamento do Livro Gula D'África – Em parceria com a Editora SENAC, e com o apoio das diversas Embaixadas Africanas sediadas em Brasília foi lançado o livro Gula D'África, primeiro volume.
Gastronomia
Realização do I Circuito da Gastronomia África Brasil, realizado em parceria com o SINDHOBAR, com a participação de 08 restaurantes da cidade – Carpe Dien, Acarajé da Rosa, Esquina Mineira, Lagash, Restaurante Oliver, Café Eldorado;
Workshop :: Ministrado na escola Tribo das Artes
Percussão Corporal
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Instituto Batucar
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Percussão Corporal
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Dança Negra Contemporânea - professor Júlio César
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Dança Contemporânea - professor Carol Dornas
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Percussão - professor Edinho Silva
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Batik e Máscaras -professor Albano Dias
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Samba no Pé e Samba de Gafieira - professor Alex Gomes
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Reiki Axé- professora Marisilda Brochado
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Capoeira e Cantiga de Roda - professora Yara Cordeiro
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Ragga - professor Wesley Messias
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Dança Circular - professor Isabel Zago
Maquiagem e Penteados - Ministrado pela Lord Perfumaria
Palestras
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A contribuição do Negro na Construção da Identidade Brasileira
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Políticas Públicas – O sistema de Cotas, a Lei 10.639/2003
Apresentações Artísticas
O evento confirmou a força da produção artística local e trouxe ainda algumas atrações que estão despontando em outros estados e que já mostram a sua força.
Ao todo foram 08 bandas nacionais representando os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Bahia, Ceará e o Distrito Federal:
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Hihúyaê – O Grito da Terra Escola Som de Tambores
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Aquilombando (DF)
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Atitude Feminina (DF)
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Z'África Brasil (SP)
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Congo Nya (DF)
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Bongar (PE)
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Makena (DF)
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Veronica (DF)
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Hadda e DJ A (DF)
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NUC (MG)
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Rapadura (DF)
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Costa a Costa (CE)
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Indiana (DF)
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Dança Negra Contemporânea
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Professor Júlio César
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Ellen Oléria (DF)
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Ataque Beliz (DF)
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Anastácias (RJ)
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Babilak Bah (BH)
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Escurinho (PB)
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Nós Negras (DF)
Exposições Fotográficas
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Silvana Leal em parceria com o projeto FOTOARTE;
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“Mulheres Negras” de Shuman Shumaher
Artes Plásticas
Mostras de:
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CARYBÉ,
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RONALDO FERREIRA,
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PROFESSOR SERGIO DE SOUZA
Resultados
O Cara e Cultura ofereceu:
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10 oficinas com 69 hora/aula para 208 alunos;
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2 palestras;
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22 shows musicais;
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3 Exposições Fotográficas;
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lançamento de Livro;
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criação do CIRCUITO DE GASTRONOMIA.
2008
Dia 5 de novembro o Teatro Nacional de Brasília abriu as suas portas para convidados. Foi a abertura do 4º Festival CARA E CULTURA NEGRA. Entre estudantes da rede pública do Distrito Federal, autoridades, Corpo Diplomático, produtores e amantes da cultura estiveram presentes nos diversos momentos dessa programação aproximadamente 2.000 pessoas, que prestigiaram o desfile de modas – KANIMANDO -, assistiram aos vídeos educativos, à exposição internacional de Fotografia, ouviram os pronunciamentos oficiais e, por último, na Sala Villa-Lobos, encantaram-se com o Balé Folclórico da Bahia.
Kanimando
Em busca das raízes culturais a Beleza ao alcance de todos. Durante um semestre alunos da Faculdade de Moda AD1, sob a coordenação do professor Walter , pesquisaram a influencia africana na nossa moda, no nosso modo de vestir, de se pentear. O resultado todos puderam ver. 15 modelos da agência SCOULTING desfilaram as cores, as texturas, a beleza com fortes influências do continente africano e todo um jeito brasileiro.
Mostra Internacional de Fotografia
Seis fotógrafos, dois americanos, dois holandeses, um suíço e uma brasileira compareceram ao evento.
Abertura Oficial;
Balé Folclórico da Bahia;
Realizado no período de 05 a 20 de novembro, no Teatro Nacional Claudio Santoro e na Praça Zumbi dos Palmares, o festival Cara e Cultura negra presenteou Brasília com uma grande mostra temática onde foram apresentadas ao público algumas das principais marcas culturais afro-brasileiras e toda a sua importância na construção da nação Brasil, bem como promoveu importantes momentos de celebração e reflexões acerca da realidade vivenciada por milhões de afrodescendentes e sobre políticas públicas de promoção e igualdade racial. A apresentação dessas marcas identitárias deu-se por meio dos seguintes eixos :
EDUCAÇÃO, GASTRONOMIA, FOTOGRAFIA, MUSICA e DANÇA
Mostra Educacional
Dividida em 21 ESPAÇOS - salas temáticas - com aproximadamente 200 painéis ilustrativos (100x200cm) que apresentaram desde a história do continente Africano, dos seus 53 países, até os dias atuais, passando pelos momentos mais importantes da nossa história, dos personagens que a construíram, até os dias atuais.
Apresentou as políticas públicas, o centenário de Solano Trindade (Ver CD), e desenvolveu os seguintes painéis | temas:
1)AFRICA VENTRE FÉRTIL DO MUNDO
A história do continente africano, sua cultura, sua música e apresentação dos 54 países.
2)Povos africanos que formaram a cultura do Brasil
3)Contribuição da raça negra para a formação da
nação Brasil.
4)Contribuição na Dança;
5)Contribuição nas Artes;
6)Contribuição na Língua Portuguesa;
7)Contribuição na Moda;
8)Contribuição na Culinária;
9)Contribuição nos Esportes;
10)Contribuição para o conhecimento científico e
tecnológico universal;
11)Negros de Expressão
12)Religião
13)Mercado de Trabalho
14)Políticas Publicas
15)Conhecimentos Gerais
16)Mulheres Negras do Brasil
17)Arquitetura
18)Solano Trindade – O poeta do Povo
19)120 anos de uma abolição inconclusa
20)Diáspora Africana – Travessias Femininas
21)SOLANO TRINDADE - Centenário
Todos aqueles que foram ao Foyer da Sala Villa - Lobos, no Teatro Nacional Claudio Santoro,
puderam apreciar a obra de Solano Trindade no centenário do seu nascimento.
As situações presentes no cotidiano de milhares de brasileiros até hoje, tornam os textos do “Poeta do Povo” incontestavelmente atuais e fazem do centenário deste artista mais que uma data comemorativa.
Divulgar a obra de nossos poetas é também um dos objetivos do projeto CARA E CULTURA NEGRA que tem uma bela oportunidade para exercer essa sua função primordial.
b)Visitas Guiadas
c)Apresentação de Vídeos Educacionais – 11 vídeos educacionais.
""A exposição Diáspora: movimentos, adaptações e transformações produzida para o 20 de novembro, dia da consciência negra, dia em que afirmamos a nossa história de luta e resistência simbolizada pela figura de Zumbi, foi de grande importância para as várias turmas de alunos que visitaram a exposição, assim como para os vários visitantes que puderam conhecer mais sobre culturas apagadas da história pelo eurocentrismo dominador que se impõe a mais de cinco séculos.
A parceria do Cara e Cultura Negra com o SINPRO (Sindicado dos professores) foi uma iniciativa
essencial para se cumprir a lei 10.639. A primeira parte da exposição altamente didática com uma quantidade impressionante de informações sobre o legado cultural e científico do continente africano para o resto do mudo, atesta a qualidade da iniciativa.
Durante o tempo que trabalhei na exposição como professor, pude constatar a emoção das pessoas em descobrir conhecimentos que tinham sido omitidos, de poder entender melhor o que é o Brasil, que somo herdeiros de mais do que imaginamos e precisamos revisitar a história para poder melhor analisar o presente"".
Wesley Pereira – Professor e Guia das Exposições
d)Apresentação do Livro Gula D'Africa - Em parceria com a Editora Senac, e com o apoio das diversas Embaixadas Africanas sediadas em Brasília foi re-lançado o livro Gula D'Africa, primeiro volume.
e)Realização do Circuito da Gastronomia África Brasil - Realizado em parceria com o SINDHOBAR, com a participação de 08 restaurantes da cidade – Carpe Dien, Acarajé da Rosa, Esquina Mineira, Lagash, Restaurante Oliver, Café Eldorado;
f)Oficinas
Musicalmente o Festival priorizou a Percussão,mostrando toda a riqueza de ritmos brasileiros
através das oficinas de Peu Meurrey de Salvador e Babilak Bah de Belo Horizonte.
Oficina de Percussão de Peu Meurrey – 30 alunos
Oficina de Percussão de Babilak Bah – 30 alunos
Oficina de Maquiagem
Oficina de Penteados
Oficina de Acessórios
PEU MEURRAY
Com a Oficina Pneumática Musical, dentro da programação do Cara e Cultura Negra, o músico
mostrou como aproveitar materiais recicláveis e pneus para construir instrumentos musicais, móveis para casa e falou sobre a musicalidade atual, novas timbragens, performances musicais, ecologia e a preservação do Meio Ambiente.
Como resultado final da oficina foi feita uma pequena apresentação dos participantes.
BABILAK BAH
A o f i c i n a “ E N X A D I GMA – O F I C I N A MULTIDISCIPLINAR DE ARTE” foi um dos pontos
altos na participação desse poeta e escritor paraibano no Cara e Cultura Negra 2008. O Foyer
da Sala Villa Lobos transformou-se em um grande espaço coletivo de experimentações sonoras
utilizando objetos variados, com ênfase sempre nas ferramentas “enxada”, sucatas, pequenos efeitos e o silêncio.
g) Palestras
a)A contribuição do Negro na Construção da Identidade Brasileira
b)Políticas Públicas – O sistema de Cotas, a Lei 10.639/2003
c)A Influencia Africana na Moda Brasileira – Ministrada pelo Professor Sergio Ferreira.
h) DESFILE DE MODAS
Realizado em parceria com a Faculdade de Modas AD1.
CABELOROSTOCORPOHOMEM MULHER INFANTIL ACESSÓRIOS ROUPA
ÉTICAESTÉTICAMEIO AMBIENTEIGUALDADE RAÇA BRASIL
Em busca das raízes culturais a Beleza ao alcance de Todos
Kanimando significa Deslumbrante!
Esta é a palavra que melhor define a criatividade do povo brasileiro, em toda a sua beleza e diversidade cultural, racial e social, que se traduz no seu falar, no seu comer, no seu vestir.
A 1ª SEMANA BRASILIENSE DE MODA E BELEZA DA RAÇA NEGRA foi uma rara oportunidade de conhecermos melhor essa brasilianidade de se vestir e se embelezar.
Durante uma semana Brasília sediou um encontro sobre a moda e a beleza da raça negra, sob a coordenação da Faculdade de Moda AD.
A diversidade de cores, texturas, as particularidades dessa etnia e dos vários grupos que ela representa foram apresentadas por empresas de moda, por artesãos, por professores e universitários, e acompanhada por curiosos e amantes da beleza singular brasileira.
Durante cinco dias o pôde-se participar de oficinas, assistir à apresentações, palestras que apresentaram ao público da capital as inúmeras alternativas nos processos de criação da moda afro brasileira; as linguagens diferenciadas, dos desenhos e dos corpos, melhor definidas como variações simbólicas na Terra do Sol e da explosão de cores.
As palestras, divididas em História da moda Africana, Moda Afro brasileira e estética negra, apresentaram a história da moda, desde o continente africano, seus grafismos e significados, suas estamparias, até os dias atuais, da produção da diáspora africana no mundo e em solo brasileiro e os últimos lançamentos da indústria da cosmética para essa etnia.
Uma verdadeira revolução de costumes e os longos caminhos para a auto valorização e auto aceitação da beleza da raça negra brasileira.
i) Mostra de Artes Plásticas – JOSAFÁ NEVES – SERNEGRO.
A exposição SERNEGRO, do artista plástico Josafá Neves, com curadoria de SERGIO
FERREIRA homenageou o mês da consciência negra. Momento de celebração afro-brasileira presente no IV Cara e Cultura Negra, Josafá permanece fiel aos valores culturais, estabelecidos com os substratos de africanidades aqui traduzidos em afrobrasileiros ou afro-decendentes, materializando um sentido de negritude intrinsecamente presente nas composições que juntas são um verdadeiro panorama metafórico do que é SERNEGRO.
J) Mostra Fotográfica Internacional Entre as principais atrações do Festival Cara e Cultura Negra deste ano a Mostra Internacional de Fotografia trouxe à Brasília 07 fotógrafos que apresentaram seus últimos trabalhos de resgate e reconhecimento das culturas africanas e afrobrasileiras.
A mostra “No Coração da África” foi realizada no mezanino da Sala Villa-Lobos. Contou com 6 fotógrafos com cobrem o dia a dia do continente africano e o resultado das andanças e dos olhares atentos em várias regiões, como Mali, Erithea, Etiópia, África do Sul, dentre inúmeras outras pôde ser conferido.
Museus na Suíça e em outros países. Tem inúmeros livros lançados.
site
“BOAZ ROTTEM
'De terras muito distantes esses rostos e olhos que nos guardam são de homens e mulheres contemporâneas. Eles querem nos falar que ainda hoje, em pleno século XXI, ainda existem sociedades que nada sabem sobre a tal globalização'.
O fotógrafo BOAZ ROTTEM fez parte da galeria dos grandes fotógrafos da atualidade que se apresentaram na Mostra Internacional. O ensaio de Boaz foi realizado em povoados e grupos étnicos da Etiópia.
STEVE EVANS
Cada imagem “do Coração da África, Alma da África” é uma janela no coração e na alma da África, apresentando desde as fotografias dos fortes utilizados pelos escravos do oeste da África ao nascer majestoso do sol e os ocasos da África ao sul e ao centro.
VICENT DE GROOT
j) Apresentações Artísticas
O 4º CARA E CULTURA NEGRA contou com importantes artistas locais, nacionais e internacionais vindos de diversos pontos da África e suas diásporas.
Onze bandas nacionais representando os estados da BAHIA , Minas Gerais, Paraíba, São Paulo, e o Distrito Federal, e duas Bandas Internacionais, do Senegal e da República da Guiné.
Entre os destaques da programação musical nacional, estiveram presentes:
a) BALÉ FOLCLÓRICO DA BAHIA – BAHIA DE TODAS AS CORES
b) MAXIMO MANSUR (DF)
c) CESAR DE PAULA (DF)
d) SERGIO MAGALHÃES (DF)
e) ELLEN OLÉRIA (DF)
Grande em tudo. Assim é a cantora e compositora Ellen Oléria. Grande talento, grande voz, sorriso enorme.
“Ellen é vigorosa. Sua voz, estrela bailarina de várias escalas e matizes. Ellen já nasceu Rimbaud.
Nosso amado compositor Péricles Cavalcanti,desejava ser a Cássia Eller, eu desejo ser eu e sair de mim ao som da Ellen Oléria.
Ela é olé.
Ela é meteoro.
Ela é golfinho numa enseada grega voltando pra Angola...
Ela é a nova rainha africana do morro da música brasileira inventada por João Gilberto,
Caetano Veloso e Chico Science.
Evoé Ellen.
Saravá”.
Paulo Kauim
Apontada como um dos maiores expoentes do cenário musical brasiliense, com seus olhos arregalados e sorrisão aberto, Ellen Oléria esbanjou em voz e violão um swing impressionante, apresentando-se no palco 'Clementina de Jesus', no dia 7 de novembro.
Samba, samba funk, sambalanço e afoxés, muita música negra brasileira, aliados ao swing e ao carisma da cantora, contaminaram com a sua musicalidade e performance.
Não teve quem não se contagiou com a voz marcante que brincou com o ar, atravessou o invisível da Esplanada dos Ministérios e fez rachar qualquer tédio.
a) CONGO NYA (DF)
b) BABILAK BAH (MG)
O show Enxadário começou impressionando pela estética. Uma orquestra de enxadas invadiu o palco 'Clementina de Jesus' no dia 08 de novembro com o talento do paraibano Babilak Bah e, como se não bastasse,surpreendeu com uma intensa sonoridade fruto de uma rica pesquisa rítmica que agradou a todos os tipos de ouvidos.
Quem acompanhou a programação pôde conferir a influência dos emboladores de coco, dos repentistas nordestinos no trabalho do grupo.
a)PEU MEURRAY e OS PNEUMÁTICOS (BA)
A BAHIA FEZ-SE PRESENTE
Com tambores feitos com pneus de automóveis de passeio e caminhões, o músico misturou black music, samba e MPB, mostrando ao público novos ritmos e sonoridades. O resultado surpreendeu a todos que prestigiaram o evento no dia 8 de
novembro na Esplanada dos Ministérios.
b) MAMOUR BA (SENEGAL)
c) Fanta Konaté e Petit Mamady Keitá (REPUBLICA DA GUINÉ)
A cantora da República da Guiné Fanta Konatê e o percussionista Petit Mamady Keita trouxeram músicas tradicionais da etnia Malinkê (tronco lingüístico Mandinga), preservadas desde o séc. XIII – Império de Mali.
d) ATAQUE BELIZ (DF)
e) BETO BRITO (PARAÍBA)
f) NEGRA LI (SÃO PAULO)
Em suma, o CARA E CULTURA NEGRA 2008 apresentou os seguintes resultados :
Ofereceu, durante 15 dias, 2 oficinas de PERCUSSÃO com 18 horas|aula para 30 alunos cada, OFICINA DE PENTEADO com 50 horas|aula, Oficina de maquiagem com 16 horas|aula, 1 Oficina de Vestuário com 16 horas|aula e 1 Oficina de Acessórios, 20 horas|aula, PALESTRA a Influencia Africana na moda brasileira, 12 shows musicais, Exposição Internacional de Fotografia com a presença de 6 fotógrafos europeus, americanos e uma brasileira.
Lançamento de Livro, criação do CIRCUITO DE GASTRONOMIA . Aproximadamente 15 mil pessoas tiveram acesso de forma gratuita à cultura, 250 postos de emprego diretos, 1000 postos indiretos, quase 1 milhão de pessoas souberam, por meio da imprensa e dos materiais de divulgação, do evento. Cobertura em jornais de Brasília, Santa Catarina, Belo Horizonte, João Pessoa, São Paulo, Rio de Janeiro. A imagem de Brasília está veiculada nos principais sites do mundo por meio dos fotógrafos convidados."